quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Rosa inspiradora

Inspiração grande mensageira,
poeta de mil almas,
escritora de mil poemas.

Inspiração alegria,
da cor do fogo.

Ès rosa!
Rosa de mil espinhos,
que me deixas tocar te,
e logo a seguir,
magoas me com tão afiada dor.

Afastar-me-ei de ti,
magoas me logo,
se não me queres,
não me deixes aproximar.

Deste modo te peço,
não me desiludas,
bela rosa inspiradora.

Ac.

Cavaleiro andante

Como num sopro de vento frio,
numa noite gelida,
vieste tu,
solitário cavaleiro andante.

Com teu cavalo branco,
empragnado de treva, sofrimento e dor.
Dor?
Apenas a tua,
aquele grande monstro,
que carregas nesse teu peito.
Peito negro, intrigante,
guardado dentro de teu mundo,
cheio de ardor.

Serás humano? Não!
Tens dentro de ti,
um ser fascinante,
fragil e arrogante.

Ès ser noturno,
e apenas tens medo da escuridão da alma.
Todos os dias renasces,
como que para me aconselhar.

À noite,
vou atraz de ti,
conduzes me até ao mar.

De novo,
com num sopro de vento frio,
desapareces, uma rosa atiro ao ar,
como que para te resgatar.

Ac.

Coração de poeta

És um mar,
no qual nunca naveguei,
és um novo coração,
pelo qual me apaixonei.

Vida de poeta,
de coração partido,
vida de poeta sem sentido.

Descarregar a magua,
como uma fonte,
descarrega a sua água.

Na folha de papel,
na arvore perdida,
na morte,
ou talvez no novo ponto de partida.

Dedicado a: Inês Mota

Ac.

Coração sem abrigo

É noite de natal,
e para o relogio olho,
tendo um pensamento sem fim,
de solidão.

A sala está cheia,
como que para me agradar,
risos, conversas e historias,
se contam nesta tão bela noite.

E eu?
Sosinho mas cheio de gente á volta,
tendo por companhia,
aquele tão interesante relogio.

Mais um natal passou,
ou será apenas mais um ano?

Outro! Outro longe de ti!
Tu ao meu lado,
é o sonho,
que obriga a minha vida a sonhar,
no natal e sempre.

Quem sou eu!?
Cruel, vil, egoista,
quando é que nisto me tornei?
Apenas em min penso.
Chega! Chega de egoismo!

tanta gente a passar,
esta magnifica noite,
sobre a companhia das estrelas,
tendo como parceiros,
o frio, o vento, e até mesmo o mais doloroso,
a solidão.

Pena destas pobres almas? Nunca!
Sentimento? Tanto para com eles!

Ac.

Torres

Torres cresce,
e com ela,
o meu desejo,
de ser quem sou.

Vem! Acompanha me,
vive quem és,
vive quem somos.

Ac.

A Perda

Quando a dor,
nos afoga a alma,
vem o sofrimento,
que sem sabermos nos digere.

Andamos á deriva,
aquem do que somos,
dor, sofrimento e solidão,
assim é o meu mundo.

Sonho com o dia,
em que me voltes a chamar,
com essa doce voz.

Doi! Doi tanto!
Terte longe,
poder te perder.

Por ti vou até ao fim,
apoio-te e mostro te o lado feliz,
para te puxar,
trazer te o novo aroma da vida,
para comigo ficares.

Renega! Renega a esse descanso!
Que tão desonesta mensageira traz.

Não! Não vás!
Fica! Fica comigo!

Luta! Luta por quem és!
Pelo que amas,
mais que tudo,
e para sempre.

Parte! Parte se tiveres que ir!
Vai com descanso,
para sempre estarás no meu coração,
todos os dias,
agora e sempre.

Ac.