domingo, 13 de fevereiro de 2011

Lágrimas (desabafos de um anjo)

Ainda sinto a tua presença,
memorias entram e saem da minha cabeça,
ameaçando explodir me,
a mente.

Cada dia,
cada tortura ainda maior,
cada silencio,
a tua voz chama por mim.

Quando na rua vou,
pela tua mão procuro,
um vazio apodera se,
de mim,
a sol deixou de brilhar,
a esperança ah muito morreu.

Como vou viver sem ti?

um dia disses-te:
"enquanto os teus olhos,
conseguirem olhar,
o meu sorriso,
vai te sempre acompanhar".

Quero vê lo,
todas as noites,
contigo sonho,
a toda a hora oiço,
a tua voz,
o peito aperta,
todos os dias,
um pouco mais de saudade.

Dei te a minha vida,
eu não merecia tanto sofrer,
apenas porque não te consigo esquecer.

Será que algum dia serei capaz?
Não, nunca mas terei de viver com isso.

Eras perfeita,
apenas assim eu te via,
ninguém é de ninguém,
assim eu te deixei livre,
e tu fugiste me,
entre os dedos,
e eu nem sequer vi.

Queria ter te aqui,
ter o teu abraço,
ouvir dizer:
"vai tudo correr bem lindo,
eu estou aqui",
ver aquele sorriso,
gritar o que sinto,
ao mundo.

Apenas queria reviver tudo,
ter te aqui,
ou melhor queria desnascer,
para nunca viver tudo,
não sofrer.

Afinal esqueceste tudo,
sinto falta das tuas brincadeiras,
sinto falta do teu sorriso,
sinto falta do teu carinho,
sinto falta do teu olhar,
sinto a tua falta!

(cronicas da devastação, desabafos de um anjo)

A.c

(O texto que pôs todos o que o ouviram a chorar, dai o titulo)

A pensar em...

Fado!
que fado é este que canto?
que cantas para mim,
sem ter fim?

Triste sina nos aguarda,
triste vivência eu vivi,
que fado é este,
que canto assim.

Um sorriso,
porque por ti espero,
um sorriso,
apenas o que quero.

Um beijo do tempo que passou,
apenas um beijo,
de quem amou.

Tu és sol,
tu és lua,
tu és dia,
tu és noite,
um incompleto,
um indiferente,
a verdade,
nunca mente.

A.c

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Reflexão

Quanto mais perto de mim estou,
menos sei o que sou,
procuro me,
dia e noite,
procuro te,
dia após dia.

Não me encontro,
Onde estamos nós?

Sei quem sou,
sem o saber,
apenas vejo,
e o meu ver,
não é aquilo em que acredito,
quando na solidão estou,
tenho a verdade de mim,
apenas sei que a verdade,
é quando nada sou,
passei pela vida,
apenas por passar,
amei,
julgo ter sido amado,
mas agora a única coisa,
que sei amar,
é a caneta e o papel.

Sou feliz,
vivendo a infelicidade,
que me é oferecida,
dentro de um embrulho colorido,
com um grande laço vermelho,
pelos que amo.

Sinto estar decadente,
sentir o que não sinto,
já é a minha vitoria.

Entre o dia em que nasci,
e aquele em que irei morrer,
todo esse meio,
não foram senão dias.

Os meus feitos,
bons ou maus,
lá no meio estarão,
e as palavras,
para o tempo perdido ficarão.

Quando sinto a chuva na cara,
e olho um relâmpago no céu,
tenho a certeza,
isso sim é a minha verdade,
porque o que ouço,
apenas complementa,
o que vejo e sinto.

A.c

Regresso do inverno

O inverno e o vazio regressaram,
a minha vida,
de novo parou.

As folhas voltaram a cair,
tu voltas te a ir para...
Não sei onde.

Naquela noite tudo parou,
agora tudo voltou.

A tempestade instalou se,
a dor regressou,
o vazio voltou,
e assim eu estou.

Um capitulo encerramos,
das promessas do eterno,
regressamos.

A solidão não é má,
quando consigo de novo,
observar a solitária lua.

Aquela paisagem foi-se,
mas a lua que alta está,
continua aqui.

A.c

Triste alma

Onde se põem o sol,
naquele monte,
no horizonte,
eu salto e não chego.

Quando gélido o fogo fica,
e me aquece a alma,
nasce o que sou,
dentro do ser,
do que já foi,
e não é.
Vive a vida,
vive a morte,
vive apenas,
a pouca sorte.

Momento

Memoria,
é o momento,
que temos recordado no tempo.

É a vida,
num sopro,
é a mudança,
no rosto.

É tudo o que perdemos,
é o momento,
que no beijo ganhamos,
é tudo aquilo que vivemos,
é tudo aquilo que sonhamos.

É a memoria do passado,
aquele que fui,sou e serei,
é a vida que não vi,
é o tempo que não parei.

A.c

Não sei...

Já não sei,
o que é poesia,
já não sei,
que é escrever,
já não sei,
o que sou,
já não sei,
no que querer.

Todos os dias caio,
todos os dias me tento levantar,
já não sei se vou,
ou se quero ficar.

Dia após dia,
sinto um não sentir,
dia após dia,
eu tento sorrir.


Sem demora eu lutei,
sem pedir eu perdi,
onde está o que sou?
Onde está o que fiz!?

Um pais,
uma vitoria,
tudo isto,
sempre fica na memoria.

A.c