sábado, 2 de outubro de 2010

Uma tarde de criança

O jardim cheirava a flores primaveris, eram roxas, amarelas, azuis,
todas as cores tinha eu naquele jardim.
Lá no meio havia um menino, inocente e ingénuo, era eu, a brincar com aquelas flores.
Eu tinha um chapéu vermelho na cabeça, uma t-shirt azul com um lindo ursinho na frente, as calças eram de ganga azuis, e os sapatinhos castanhos.
Tinha um lindo cão de agua,
sempre preso pois eu temia o, o portão era verde, com um grande buraco na parte de baixo por causa da velhice, nunca mais me vou esquecer do cantar dos pássaros melhor que alguma melodia composta no mundo mas em especial de um: o do meu rouxinol.
Eram quatro da tarde e eu continuava a "jardinar" ate que um voz chamou por mim:
-"Nuninho o que queres lançar?"- era a minha avó, e a sua voz de comando para o lanche, sempre toda preocupada com o que eu comia, mas como sempre deixei me estar onde estava e apenas gritei:
-"Pode ser o questume, batido de morango"- e lá ia ela satisfeita com a resposta, eu tinha seis anos e ainda hoje me lembro. Passado dez minutos lá vinha ela com o batido num copo alto, sempre com uma palhinha vermelha com uma risca amarela, aquela doce maravilha tinha um tom avermelhado.
Bebia o com muita satisfação, depois vinha a hora dos desenhos animados.
Hoje as saudades destes tempos são enormes, pois tudo mudou.

A.c

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